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"Sem humor,
até o amor fica sem graça"

Felipe Pinheiro

Biografia

Por Teresa Pinheiro

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Felipe nasceu no dia 29 de janeiro de 1960, filho caçula e temporão de uma prole de 5. Somos filhos de um pai, jornalista, Caio Pinheiro,  e uma mãe professora de literatura inglesa, Bernardina da Silveira Pinheiro,  mas Felipe sempre se considerou filho da Julieta Dias, uma babá negra que entrou na família  materna aos 7 anos de idade. A Juju se referia a ele como “meu principe”. Aos 3 anos ele e eu fomos morar em Beirute onde meu pai foi trabalhar e  lá ele se tornou intérprete de árabe da família. Na volta ao Brasil aos 5 anos foi estudar no Colégio Vieira Machado que ficava na rua Visconde de Albuquerque perto da praia do Leblon e perto de onde  morávamos na rua Timóteo da Costa. Com 11 anos a família se mudou para uma casa no Recreio dos Bandeirantes e ele foi estudar no Colégio Santo André e depois em um colégio Estadual no Leblon.  Ainda na adolescência foi estudar teatro na escola  Matins Pena onde se apaixonou pelo teatro. No teatro exerceu todas as posições: escritor, dramaturgo, ator, diretor, produtor e foi também professor.

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Tendo tido uma escolaridade na maior parte do tempo em escolas experimentais a tarefa de escrever exigiu dele um esforço triplicado mas nunca se furtou a estudar aquilo que ele percebia que era mais complicado para ele: regras ortográficas e gramaticais.

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Felipe adorava os amigos, seus amigos eram a fonte afetiva mais importante para ele. Cuidava dos  amigos, se preocupava com cada um deles. Quando morreu o diretor Aderbal Freire Filho comentou comigo: “como vai ser agora, sem o Felipe  me ligar para saber se está tudo bem?"

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Foi comigo mais que um irmão, foi um amigo para todas as horas, de um afeto e uma disponibilidade incondicional. Como éramos os irmãos menores tivemos experiências que nos uniram de forma determinante desde a estadia em Beirute longe da Juju até o fato de termos dividido apartamento por vários anos. 

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Além do prazer do teatro  e seu humor traduziam o olhar sempre atento e generoso em direção aos outros. Acrescente -se a isso seu olhar agudo e  crítico para a sociedade. A discrepância entre o meio familiar e a história da Juju foi a  fonte fundamental de seus textos.

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